sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

VR

A VR é a velocidade na qual o piloto inicia a ação de levantar o trem do nariz da aeronave do solo para decolagem. De acordo com a FAR 25.107(e), a VR não pode ser inferior a:
  • V1;
  • 1,05 VMC;
  • velocidade que permita atingir a V2 antes de atingir 35 pés de altura (calculada de acordo com FAR 25.111(c)(2));
  • uma velocidade que permita atender o critéria de rapid rotation.

O critério de rapid rotation estabelece que a VR deve garatir que, se o piloto rodar a aeronave na maior razão de rotação possível, a VLOF não resultará em um valor inferior a 1,1 VMU para a condição de todos os motores operando e 1,05 VMU para a condição de falha de um motor.

Para a condição de falha de um motor, a VR deve garantir que se a rotação for iniciada em uma velocidade de VR - 5kt, a distância de decolagem (calculada de acordo com FAR 25.113(a)(1)) não vai exceder o valor determinado para uma rotação iniciada na VR.

De acordo com as condições dadas (i.e. peso, temperatura e configuração), um único valor de VR deve ser capaz de cumprir com os requisitos para as condições de todos os motores operando e de falha de um motor.

A VR deve garantir ainda que variações razoáveis do procedimento de decolagem estabelecido (i.e. out of trim ou rapid rotation) não vão gerar condições inseguras de voo ou grandes variações na distância de decolagem.

Aeronaves de fuselagem longa, como o 737-900, 757-300, Airbus A321, etc., são tipicamente limitadas por VMU e margens adicionais de tail clearance são adicionadas pelo fabricante para diminuir o risco de tail strike nas decolagens. Nesses casos, a VR é aumentada acima dos valores mínimos encontrados de acordo com os critérios aqui apresentados.

As velocidades de decolagem têm um papel importante na determinação das distâncias de decolagem. Quanto maior a VR, maior a distância de decolagem ou menor o peso máximo de decolagem, caso existam restrições de comprimento de pista.

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